Os serviços Públicos têm estado na
mira dos sucessivos governos, PS, PSD e CDS que por sua vez não só
promovem como condicionam o desenvolvimento económico e social do
Concelho de Cantanhede.
DEFENDER AS EXTENSÕES DE SAÚDE
O acesso à saúde é um direito que importa defender. A decisão de
encerrar as três Extensões de Saúde: Corticeiro, Vilamar e S. Caetano,
com base no argumento de que a falta de meios informáticos não
permitiria mantê-las abertas, prejudica os utentes daquelas localidades.
Os utentes destas Extensões de Saúde, estão a ser encaminhados para a
Unidade de Saúde Familiar (USF) de Febres, que está a “rebentar pelas
costuras”e não tem possibilidade de receber mais utente, que ficarão sem
médico e enfermeiro de família atribuído, para além de que os
funcionários administrativos nem sequer tempo têm para ajudar os utentes
que não sabem preencher os documentos que os isentam das taxas
moderadoras.
Os enfermeiros do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais estão em luta contra o recurso ilegal à precariedade na contratação de enfermeiros, nessa unidade de saúde de Cantanhede. Os profissionais estão em vigília em frente à Administração Regional de Saúde do Centro em Coimbra desde o dia 21 de Junho.
Esta situação dura desde há 3 anos, quando estes enfermeiros iniciaram funções regime de prestação de serviços, mantendo-se até à data este regime de subcontratação. A subcontratação de enfermeiros, para suprir necessidades permanentes dos serviços, já terá sido inclusivamente assumida pela instituição, e por isso o trabalho destes enfermeiros é indispensável para garantir o normal e regular funcionamento desta instituição.
A ARS Centro terá imposto uma redução brutal no salário líquido destes enfermeiros, cujo valor rondará o salário mínimo nacional, sem direito a subsídio de refeição nem a subsídio de turno. O pagamento aos enfermeiros subcontratados está próximo dos valoresdo salário mínimo nacional. Esta situação é da maior gravidade e constitui um desrespeito profundo pelos direitos destes profissionais e pelo trabalho desenvolvido.
O PCP considera inaceitável a violação dos direitos destes trabalhadores. É preciso respeitar o direito à segurança no emprego, o cumprimento da tabela salarial da enfermagem na Administração Pública, bem como a redução brutal dos seus rendimentos.
Uma delegação do PCP, deslocou-se à vigília promovida pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses afim de prestar solidariedade aos profissionais e afirmar que considera urgente o fim do recurso ilegal à precariedade, na subcontratação destes trabalhadores que dão resposta a necessidades permanentes dos serviços, a realização de um concurso para a colocação efetiva destes enfermeiros, e a garantia da estabilidade das equipas.
O PCP já questionou o governo, através do Ministério da Saúde, sobre a situação no passado dia 6 de Junho.
O actual
governo, dando seguimento à política cega de encerramento de
serviços públicos, imprescindíveis para garantir a qualidade de
vida das populações, prepara-se para encerrar a linha do Oeste,
usando como pretexto a redução da despesa pública. Uma vez mais
esta redução da despesa não se faz à custa dos que enriquecem com
a crise que causaram, a banca e os especuladores financeiros, mas sim
à custa das populações que com estas medidas terão agravadas as
suas condições de vida.
Recorde-se
que ao longo destes últimos anos o Concelho de Soure, viu encerrar a
estação da CP de Soure, o Serviço de Atendimento Permanente do
Centro de Saúde (SAP) e de várias escolas do 1º ciclo. Assistiu
ainda à perda de importância do quartel da GNR e tem visto
frustradas todas as tentativas de ter um acesso às autoestradas que
atravessam o concelho, apesar das muitas promessas que nos vão sendo
feitas nos períodos pré eleitorais. Em todas estas situações e
enquanto força política responsável que sempre se coloca ao lado
das populações, manifestámos a nossa oposição e mobilizámos a
opinião pública e as populações para lutar contra estas
políticas.