O Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), do governo do PSD/CDS, na senda da decisão do governo anterior do PS, decidiu encerrar as urgências nocturnas do Hospital dos Covões.
Está cada vez mais claro, que a asfixia das unidades de saúde públicas visam o favorecimento do negócio privado da saúde, como se pode constatar com a abertura de unidades de saúde, à volta dos hospitais públicos.
HOJE AS URGÊNCIAS AMANHÃ O HOSPITAL
O encerramento das urgências é apenas o início de um grave e criminoso processo de descaracterização do Hospital do Covões. Muitas outras valências estão a ser amputadas no âmbito da fusão: estomatologia, nefrologia, urologia, transplantação renal, gastroenterologia, medicina física e reabilitação e psiquiatria. O que está em causa é o Hospital dos Covões em si mesmo e não apenas este ou aquele serviço ou valência. Um Hospital sem urgências é um hospital fragilizado. É preciso dizer basta! A não ser travado este processo, a prazo, o que se colocará é o encerramento total do Hospital.
É PRECISO RESPONSABILIZAR OS DEPUTADOS E AS AUTARQUIAS DA REGIÃO
Entretanto, os deputados pelo distrito de Coimbra do PS, PSD e CDS que visitaram o Conselho de Administração dos CHUC, vieram de lá satisfeitos com as respostas que lhes foram dadas para justificar o encerramento. Assim se traem os interesses e as necessidades de cerca de 400 mil utentes destas urgências.
Igual posição havia já tomado o Presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego, também do PS. Os membros da Assembleia Intermunicipal do Baixo Mondego devem ouvir as populações e colocar-se ao seu lado. As Câmaras, Assembleias Municipais e Juntas de Freguesia da região não podem ficar caladas perante tão grave problema para as suas populações, devem condenar a decisão e exigir a reposição das urgências neste hospital.
Estas são medidas neoliberais contra o Serviço Nacional de Saúde, contra as populações, contra a vida dos cidadãos. Todos aqueles que opinam e tecem considerações sobre as vantagens da fusão/destruição dos hospitais públicos de Coimbra, assumem uma grave responsabilidade em todo este processo de liquidação.