Mais de duas centenas de pessoas encheram o teatro da Sociedade de Instrução Tavaredense no comício do PCP na Figueira da Foz. Nesta iniciativa, inserida na acção nacional do PCP "por um governo e uma política patrióticos e de esquerda", usaram da palavra Frederico Carvalho da JCP, Silvina Queiróz, da DORC do PCP e Jerónimo de Sousa.
O Secretário Geral do PCP abordou a situação nacional e alguns reflexos da política de direita na Figueira da Foz. "Dois anos quase concluídos de governação e de aplicação do Pacto de Agressão que nos conduziram para a mais grave recessão das últimas quatro décadas, com uma destruição brutal da capacidade produtiva do país.
Destruição que continua, porque continua a mesma política de desprezo pelos sectores produtivos. Isso está bem patente na situação dos Estaleiros Navais do Mondego. Uma empresa com uma importância estratégica no sector da construção e reparação naval e na produção nacional que ao longo da sua existência construiu um total de 236 navios.
Uma empresa com história e mão-de-obra altamente qualificada, e que provou ao longo de décadas a capacidade ímpar de construção de navios de qualidade para os mais diversos mercados.
O PCP considera inaceitável todo o processo que levou à venda e depois à concessão em 2012 a uma empresa, com problemas financeiros e ao que parece sem história de construção naval, que ganhou o concurso sem nunca ter colocado os estaleiros a funcionar, nem integrado a totalidade dos cerca de 50 trabalhadores.