O
Presidente da Câmara afirmou que vai propor a atribuição da Medalha de
Ouro do Município de Oliveira do Hospital ao empresário Belmiro de
Azevedo. O pretexto parece ser o anúncio de alargamento da sua unidade
fabril situada em S. Paio de Gramaços. Não sendo a primeira, nem a
segunda vez, que a SONAE faz tal promessa, a Comissão Concelhia de
Oliveira do Hospital do PCP questiona o porquê de tamanha “euforia condecoradora” por parte do Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.
Antes de qualquer decisão sobre a condecoração, é necessário garantir
que a Câmara Municipal é capaz de controlar os aspectos social,
económico e ambiental do projecto, e que a SONAE seja capaz de
concretizar a sua velha “promessa” quanto ao alargamento da unidade
fabril em causa.
Para a Comissão Concelhia de Oliveira do
Hospital do PCP, é importante o esclarecimento de que garantias deu o
grupo SONAE de respeitar os direitos e o património da Sociedade
Recreativa Lealdade Sampaense e dos proprietários de terrenos e
serventias confinantes com o espaço a destinar ao anunciado alargamento
da unidade fabril.
A propósito de notícias sobre a votação de um projecto de resolução apresentado na AR sobre o Metro Mondego, em que se omite as razões do voto do PCP, o Secretariado da DORC do PCP vem por este meio reafirmar o seguinte:
O PCP votou contra o projecto de resolução pois defende a reposição dos carris, electrificação, modernização do Ramal da Lousã e mais financiamento para os SMTUC. O projecto Metro Mondego (MM) é responsável pela destruição do Ramal da Lousã. Defender o Metro Mondego (MM) tal como ele foi apresentado, ou como agora o apresentam, é atacar o transporte público acessível a todos para favorecer o negócio à custa de todos nós.
O PCP sempre se opôs à implementação da solução MM neste Ramal. O MM não se adequa às características da linha e às necessidades dos utentes, visto que o Ramal é uma linha de montanha e o metro ligeiro é um transporte urbano.
O sistema MM seria mais caro para os utentes, com menos velocidade de circulação (aumentando o tempo de transporte em 25%), menos confortável (com menos lugares sentados), sem capacidade de transporte de mercadorias, sem ligação à rede ferroviária nacional, sem possibilidade de continuação da linha (O Ramal foi pensado para continuar para além de Serpins). Para além disto exigiria aos utentes um transbordo em Ceira, aumentando ainda mais o tempo de transporte, e exigiria mais investimento em fornecimento de energia. O projecto MM no Ramal da Lousã constituiria uma perda para a capacidade de desenvolvimento da região, para além de uma perda para os utentes.
Os sucessivos Governos PS, PSD e CDS e os executivos camarários de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo enganaram as populações e assinaram de cruz a “morte do Ramal”, destruindo uma linha centenária e colocando num autêntico inferno a vida das populações.
A CDU manifesta a sua solidariedade com
a luta dos trabalhadores da Câmara Municipal de Arganil pelo horário
de trabalho de 35 horas, em particular com o plenário sindical à
porta da Câmara do passado dia 19 de Junho. A CDU considera
inadmissíveis as tentativas intimidação dos trabalhadores por
parte do Presidente e de membros do executivo camarário. Os direitos
dos trabalhadores e as suas organizações representativas têm que
ser respeitados. Não é admissível que o Presidente recorra a
métodos de antes do 25 de Abril para intimidar os trabalhadores e
condicionar a sua luta.
A CDU DEFENDEU O HORÁRIO DE 35 HORAS
NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ARGANIL
A Câmara de Arganil é uma das 4
câmaras do distrito que aplicaram as 40 horas de trabalho aos seus
trabalhadores. A CDU defendeu, na Assembleia Municipal de Arganil,
que o horário de trabalho deve ter um período máximo de 35 horas.
NADA IMPEDE QUE A CÂMARA ASSINE UM
ACORDO COLECTIVO COM O STAL ONDE SE APLIQUEM AS 35 HORAS
Um conjunto largo de Municípios está
a assinar Acordos Colectivos com o STAL para manter as 35 horas. Se o
executivo de Arganil ainda não o fez, deve-se exclusivamente à
falta de vontade política e ao desprezo pelos trabalhadores.
A CDU vai continuar a questionar e
pressionar a maioria PSD e o Presidente até ficarem claras as razões
pelas quais não assina um acordo colectivo com o Sindicato dos
trabalhadores da Administração Local que preveja o horário semanal
de 35 horas.