O PCP está solidário com a justa luta, dos mais de 150 trabalhadores da Poceram, pela manutenção dos postos de trabalho e pelo pagamento dos salários em atraso.
Os patrões e o governo, que afirmam que já passou o tempo do trabalho seguro como se o trabalhador fosse a peça mais barata da engrenagem, são os que arrecadam sempre gordos vencimentos, como nesta empresa , juntando-lhe ainda os lucros, que muitas vezes, em vez de serem aplicados nas empresas são desviados para outros fins.
A Poceram - tudo indica que tenha sido uma empresa lucrativa e mesmo hoje viável , tendo construído uma nova empresa na Figueira da Foz, vendida recentemente.
A empresa mantém ainda hoje uma carteira de encomendas de cerca de 3 milhões de Euros e portanto nem o argumento da falta de encomendas pode ser usado.
Perguntarão, e com razão os trabalhadores, então para onde foi o dinheiro?
Não foi concerteza para os trabalhadores, já que auferem baixos salários que não são aumentados há anos. Salários que aliás contrastam em muito com os dos administradores.
Questiona-se então se não terá havido descapitalização da empresa, por má gestão ou por falta de entendimento entre os sócios (família Marques Almeida).
Uma coisa é certa, os trabalhadores, serão mais uma vez prejudicados e obrigados a recorrer ao fundo de garantia salarial da Segurança Social para poderem sobreviver, sem que se apure as responsabilidades de tal situação.
É que a crise não pode agora ser justificação para tudo!
Tal situação só é possível porque o governo PS, assim como os anteriores, está sempre ágil a
produzir leis contra quem trabalha mas muito compreensivo para com os patrões.
A justa luta e a unidade dos trabalhares acabará por vencer.
Nós afirmamos Basta de Injustiças
Pelo direito ao trabalho
e um trabalho com direitos só com o reforço do PCP .
8.04.09
Os Sectores profissionais de Coimbra do PCP
A
Organização Regional de Coimbra (ORC) do PCP realizou,
no passado dia 21 de Março, a 6ª
Assembleia da Organização Regional, com a participação
de 200 delegados e convidados e do Secretário Geral do PCP,
Jerónimo de Sousa.
Esta
Assembleia discutiu a situação económica e
social do distrito, a intervenção do PCP no distrito;
perspectivou o trabalho para o próximo triénio e elegeu
uma nova Direcção. Apesar da importância desta
iniciativa houve um silenciamento da realização da 6ª
Assembleia da ORC do PCP por grande parte dos órgãos de
Comunicação Social Regional.
Estando
longe de constituir um facto isolado, trata-se de um inadmissível
acto de propositada omissão de um consequente e combativo
partido político e de ocultação da sua acção.
O
pluralismo, o rigor, o respeito pelos leitores e ouvintes, a que os
órgãos de Comunicação Social em geral
estão obrigados, decorre do regime democrático e da
Constituição da República. Por isso, o PCP não
aceita esta marginalização, tanto mais que, na mesma
altura, realizaram-se iniciativas de outros Partidos que tiveram
visibilidade nesses órgãos de comunicação
social.
Não
conseguem apagar
AS
MARCAS
DAS
POLÍTICAS DE DIREITA NO DISTRITO DE COIMBRA
Crescimento
do desemprego
Até
Outubro de 2008 o Distrito de Coimbra, contou com mais 1583 novos
desempregados inscritos nos Centros de Emprego.
Destruição
do Tecido Industrial
Muitas
foram as empresas industriais e de produção que
encerraram entre 2005 e 2008. Os sectores mais atingidos foram o
cerâmico e o têxtil abrangendo milhares de trabalhadores.
Destruição
da Agricultura
A falta
de apoio e aposta na agrigultura e na floresta, os preços
especulativos dos factores de produção, as baixas nos
preços à produção, conduzem a que a
agricultura na Região se afunde na pior crise dos últimos
30 anos.
Quebra
do investimento público
A verba
atríbuída ao distrito no PIDDAC reduziu 60% nos últimos
anos, o que tem condicionado o desenvolvimento e não tem
permitido a realização de obras e infraestruturas
essenciais para o distrito.
Ataque
ao Comércio Tradicional
Só
entre 2005 e 2007, abriram no distrito 35 grandes superfícies
comerciais, o que resultou na falência de centenas de empresas
do comércio tradicional e no desemprego de muitos
trabalhadores.
Ataque
aos serviços públicos
Encerraram
urgências hospitalares, SAP e Maternidades. A transformação
dos hospitais em Entidades Públicas Empresariais (EPE´s)
cria as condições para a sua privatização.
Ataque
à Escola Pública
A
instabilidade do corpo docente, a crescente elitização
do ensino, com o gradual aumento de despesas familiares e o
encerramento de escolas degradam o ensino público. No ensino
superior aumentam as propinas, reduz-se da Acção Social
Escolar e agravam-se as dificuldades das instituições
do ensino superior.
Não
conseguem apagar
A
ACÇÃO E AS PROPOSTAS DO PCP
Valorização
de quem Trabalha
A
revogação dos aspectos negativos do Código do
Trabalho e a defesa do trabalho com direitos.
O
reforço das prestações sociais do Estado aos
trabalhadores desempregados
A
fiscalização rigorosa do recurso ao lay-off, combatendo
os abusos do patronato
Emprego
com Direitos
A
implementação de um plano nacional de combate à
precariedade
Valorização
dos Salários
O
aumento dos salários, incluindo o salário mínimo
nacional, de modo a aumentar o consumo e estímular as
empresas e o mercado
Mais
Investimento Público
O PCP
tem vindo a apresentar propostas em PIDDAC que são
sucessivamente chumbadas por PS, PSD e CDS. Obras fundamentais para
relançar o emprego e o crescimento da Região onde se
destacam: a obra hidroagrícola do Mondego, essencial para a
produção agrícola; a aposta e beneficiação
da rede ferroviária e rodoviária.
Defesa
dos Serviços Públicos
A
Revogação das leis laborais da administração
pública, que promovem o despedimento encapotado e deterioram
os serviços públicos.
A
inversão da política de transformação
jurídica do CHC, dos HUC, IPO e do Hospital Distrital da
Figueira da Foz, em Entidades Públicas Empresariais (EPE´s).
Reforço da capacidade das unidades de saúde do SNS,
nomeadamente a revitalização do Bloco de Celas dos
Hospitais da Universidade de Coimbra; criação no
Hospital Distrital da Figueira da Foz de uma Unidade de Cuidados
Intensivos, assim como a construção de uma Unidade de
Cuidados Continuados em Coimbra.
Uma
outra política educativa que dê resposta efectiva às
necessidades educativas de todas as crianças e jovens;
reordenamento da rede da educação pré-escolar e
dos ensinos básico e secundário sustentado em
consensos, investimento e qualidade; uma verdadeira Escola a Tempo
Inteiro, onde estejam asseguradas as melhores condições
para a prática lectiva e garantidas respostas sociais de
qualidade, colocadas à disposição dos alunos e
das suas famílias.
Mais
Apoio à Produção
Criação
estruturas e soluções capazes de salvar, reestruturar,
inovar e modernizar as empresas produtivas da Região;
Resposta
rápida aos problemas das micro, pequenas e médias
empresas, com destaque para o pagamento das dívidas do Estado,
o acesso mais fácil ao crédito e ao apoio de fundos
comunitários;
Avaliação
dos problemas que atingem as pequenas empresas das áreas do
têxtil e vestuário, cerâmica, metalúrgia e
construção civil e a tomada de medidas face à
política de comércio externo da União Europeia;
Investimento
nos serviços do Ministério da Agricultura com a
ampliação das capacidades de apoio aos agricultores e a
contratação de mais técnicos e outros
trabalhadores especializados; Combate à especulação
com os preços dos factores de produção
(combustíveis, electricidade agrícola, rações
e adubos);
Nas
Empresas, nos Locais de Trabalho, nas Lutas
No
Parlamento Europeu, Na Assembleia da República e nas
Autarquias
A Comissão Concelhia do PCP da Figueira da Foz evocou, no pasado dia 28 de Março, o centenário de Agostinho Saboga.
A sessão, que se realizou no "Tubo de Ensaio" contou com a presença de
José Casanova, do comité central do PCP e director do jornal "Avante!".
José Casanova,
que conheceu Agostinho Saboga na prisão de Peniche, enalteceu a
personalidade do militante comunista, preso por três vezes e que por
três vezes não cedeu às torturas a que foi sujeito pelos esbirros do
regime. Saboga foi delegado aos congressos de 1943 e 1946, realizados
na clandestinidade, no Estoril e na Lousã, respectivamente.
Operário
vidreiro, este militante, que deu o nome ao Centro de Trabalho do PCP
na Figueira da Foz e que integra a toponímia da cidade, totalizou 14
anos de prisão e mais alguns de vida clandestina. É um dos muitos
combatentes a quem devemos a liberdade.