O PCP sabe que os CTT se preparam para encerrar mais postos dos correios no distrito de Coimbra. À semelhança do que já fizeram noutras zonas, preparam-se para encerrar os postos junto ao Mercado D. Pedro V, junto à Universidade e um posto de Santa Clara.
Estes encerramentos não podem ser desligados da política dos sucessivos governos PS, PSD e CDS que visa privatizar este importante serviço. A privatização terá efeitos nefastos ao serviço postal:
PRIVATIZAÇÃO = DEGRADAÇÃO
Degradação do serviço postal e destruição do seu carácter
universal;
Encerramento de estações, dificultando o acesso aos serviços;
Distribuição não diária do correio a todos os domicílios;
Aumento das tarifas, aplicação do princípio de «quem quer
correios, paga-os», ou seja, ficaria comprometido o direito de todos os
cidadãos pagarem o mesmo preço pelos serviços, independentemente da
região onde residem;
Perda de receitas para o Estado (deixam de transferir os lucros para o
Estado e aumentam a fuga ao pagamento de impostos);
Lucros para os bolsos do grande capital nacional e estrangeiro.
A privatização tem ainda efeitos graves para os trabalhadores. Desde
logo pela destruição de postos de trabalho, pela redução do valor
dos salários e por aumentar a precariedade, o trabalho à peça e sem
direitos;
PÚBLICO É DE TODOS PRIVADO É SÓ DE ALGUNS
Os CTT são uma empresa que presta serviços de utilidade pública,
designadamente no estabelecimento de ligações físicas e electrónicas
entre os cidadãos, com destaque para a concretização do serviço postal
universal.
Embora não seja uma empresa financeira, movimenta anualmente, verbas
avultadíssimas. Possui a maior rede de balcões comerciais do País. Em
2008, possuía activos na ordem dos 1300 milhões de euros e teve um
volume de negócios de 844,7 milhões de euros e lucros de 46,5 milhões de
euros. Emprega cerca de 16 mil trabalhadores.
ESTE RUMO NÃO É INEVITÁVEL
É necessário por fim ao processo de privatizações e das parcerias
público-privadas, afirmando o interesse nacional em sectores básicos e
estratégicos como são os CTT.
É essencial que trabalhadores e populações lutem por um serviço de
correio com qualidade, acessível a todos e respeitador dos seus
trabalhadores