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Uma delegação do PCP visitou a ERSUC, reuniu com a administração e abordou preocupações ambientais, na sequência da recente ruptura do aterro e fuga de lixiviado para as linhas de água, preocupações com os trabalhadores, níveis salariais e condições de trabalho, assim como preocupações com os impactos da gestão nas finanças dos municípios.

Foi admitido pela administração que o aterro está perto do limite (que estima que seja atingido em 2028), que a taxa de deposição em aterro é alta (ronda os 60%) e que houve um aumento da população servida. O PCP questionou se a ruptura teria como causas o excesso de carga e/ou a falta de investimentos de manutenção. A administração garantiu que a ruptura foi lateral, onde se tinha acumulado lixiviado devido a algum tipo de barreira e não no fundo do aterro e que inexplicavemente teria havido uma ruptura na solda da tela plástica protectora dos taludes, pelo que se descartava as teses de excesso de deposição e a falta de investimento. A administração garantiu que não há transferência de resíduos entre o aterro de Aveiro e de Coimbra.

O PCP relacionou as dificuldades de recrutamento em qualificações específicas, assim como elevada taxa de rotatividade de trabalhadores, admitidas no relatório de contas, com o baixo nível salarial, com a penosidade das funções e com as condições de trabalho. Abordou problemas levantados pelos trabalhadores nas últimas jornadas de luta: Salários, ausência do subsídio de risco, equipamentos degradados, carros não adaptados à função, elevados ritmos de trabalho, horários desregulados, falta de ar condicionado nas viaturas e em alguns locais de trabalho. A administração admite o baixo nível salarial, que atribui à conjuntura geral, escudando-se no pagamento acima do Salário Mínimo Nacional e garantiu investimentos nas condições de trabalho e em programas de apoio aos trabalhadores. Admitiu a ausência de carreiras e que a única forma de valorização salarial é a alteração de funções.

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A delegação composta pelo Vereador da CDU na Câmara Municipal de Coimbra, Francisco Queirós, por Fernando Teixeira, da DORC do PCP, e Vladimiro Vale, da Comissão Política do CC do PCP, reafirmou a oposição do PCP às opções que conduziram à privatização das empresas com participação da EGF e com a falta de controlo democrático que daí advém, com consequências para os municípios e para os munícipes.