INCÊNDIOS - PCP NAS ZONAS AFECTADAS DO DISTRITO DE COIMBRA
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Na visita ao Baldio de Vilarinho, Lousã, a delegação do PCP, pode confirmar a falta de políticas de ordenamento florestal, a ausência de meios de fiscalização e de Guardas Florestais, assim como a necessidade de organizar a recolha e remoção de madeiras queimadas, que em si mesmo coloca um problema devido aos riscos que lhe estão associados. Recordou-se os 150 milhões de euros tirados à Floresta Portuguesa pela então ministra Assunção Cristas e a lei dos Eucaliptos que agora foi preciso alterar, mas que conduziu ao crescimento, nos últimos anos, da área ocupada por eucaliptos.
Na visita a Serpins, a delegação do PCP, pode visitar os escombros de duas empresas afectadas pelos incêndios, uma de comercialização de lenha e madeira, outra de fabrico de móveis. Pode constatar a vontade de reerguer mas a necessidade de clarificação das linhas e mecanismos de apoio ao reestabelecimento da capacidade produtiva.
Em Vila Nova de Poiareso PCP reuniu com dezenas de populares no Centro de Convívio Casal do Gago, Vale do Gueiro e Fonte Longa e na Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Olho Marinho e Alveite Pequeno. Pode constatar o abandono das matas públicas, em particular a Mata de S. Pedro e a necessidade de planos de protecção civil das diferentes aldeias.
Em Penacovao PCP reuniu com Bombeiros Voluntários, onde abordou a necessidade de reforço das equipas de intervenção permanente e dos meios locais de combate, sendo que a prevenção deveria ser a prioridade, em particular fazendo cumprir a legislação já em vigor. A delegação do PCP visitou ainda as populações de Friumes, Oliveira do Mondego, Travanca do Mondego e S. Pedro de Alva, onde pode visitar famílias desalojadas, pequenos agricultores afectados, onde ficou evidente a necessidade de um orçamento específico para a Defesa da Florestas, assim como medidas de apoio à agricultura familiar
Em Arganilna reunião com Bombeiros Voluntários de Arganil e Bombeiros Voluntários de Coja, onde ficou evidente a necessidade de constituição das 100 equipas de Sapadores Florestais e da reconstituição do Corpo de Guardas Florestais, no seguimento das propostas do PCP, assim como a necessidade de clarificação das verbas a aplicar na Rede de Faixas de Gestão de Combustível na Floresta, que tanta falta fez nos incêndios dos últimos dias e no reforço dos meios de combate aos incêndios que a realidade da floresta exige. Foi ainda abordada a perda que constituiu a destruição da Mata da Margaraça e a necessidade de reforço das estruturas do Ministério da Agricultura e do ICNF cujas dificuldades de resposta são evidentes. Ficou também evidente a exigência de reforço do apoio aos Bombeiros Voluntários. Assim como se recordou a retirada, por parte do Governo PSD/CDS, da isenção das taxas moderadoras dos Bombeiros. Na visita às povoações de Anceriz, Coja e Vila Cova do Alva ficou clara a necessidade de apoio às vítimas e de apoios ao nível da habitação, da saúde, do emprego, da reposição do potencial produtivo, mas também garantir a efectivação das indemnizações às vitimas por parte do Estado, naquilo que o Estado seja responsável.
Em Tábua o PCP pode constatar a destruição de património histórico edificado, assim como visitou uma exploração agropecuária que perdeu o efectivo de 180 ovinos e todas as instalações, incluindo uma sala de ordenha recentemente instalada. Ficou evidente que tem que existir mais apoio ao mundo rural e à agricultura sob pena de, na sequência destes incêndios, encerrarem muitas mais explorações.
Em Cantanhede odeputado Miguel Tiago contactou com a população e empresários da Tocha. Em Fonte Martel, na freguesia da Tocha, contactaram com uma exploração agro-pecuária onde morreram queimadas 25 cabeças de gado bovino de raça marinhoa, foram destruídas instalações, alfaias e equipamentos diversos da exploração, fardos de palha, tudo estimado em muitos milhares de euros.
Em encontro com diversos lesados, junto às instalações da Cooperativa Agrícola da Tocha, designadamente de Cochadas e Caniceira que relataram os seus prejuízos com morte de mais animais, destruição de pastos e fenos, explorações florestais e agrícolas dizimadas pelas chamas, sendo muito elevados os prejuízos.
As pessoas reivindicam apoios e indemnizações do Estado para poderem recomeçar de novo as suas vidas e actividades, bem como medidas de apoio ao escoamento das madeiras ardidas a preços justos. No encontro com a administração de empresa familiar exportadora, moderna, do sector da cerâmica, a destruição é total em termos de maquinaria, matéria-prima, mercadoria final pronta a entrar no mercado. São estimados em muitos milhões de euros os prejuízos causados. Também é muito preocupante a vida e futuro imediato dos seus 139 trabalhadores e suas famílias.
Em Oliveira do Hospital o PCP visitou várias empresas destruídas pelos incêndios, duas serrações em Ervedal e Vila Franca da Beira, uma empresa de mobiliário e outra de artigos para o lar que foram completamente destruídas. Contactouainda com a população de Meruge, onde arderam casas de primeira habitação e com a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.Tendo em conta a dimensão do grau de destruição no concelho e do seu aparelho produtivo ficou evidente a necessidade de investimento público, da locação de meios do Estado de apoio às actividades económicas para que possam ser sustentáveis éfundamental para contrariar a acentuação da desertificação do interior do país.
Ficou ainda evidente que o abandono do interior, a desertificação económica e humana de vastos territórios, para a qual também contribuiu o encerramento e degradação de serviços públicos, entre os quais os do Ministério da Agricultura, assim como a falta de rentabilidade económica da exploração agrícola e florestal e a desenfreada expansão do eucalipto, o desordenamento florestal e a falta de cumprimento mínimo da Estratégia Nacional das Florestas e do Sistema Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, determinaram a falta de capacidade de resposta a estes incêndios.
O PCP deixou a todos a disponibilidade para acompanhar os lesados nas suas justas reivindicações e vai manter-se atento e no terreno no sentido de reivindicar medidas concretas de apoio às vítimas, aos bombeiros e ao aparelho produtivo desta região.
PCP CONTACTA COM POPULAÇÕES E ENTIDADES DAS ZONAS AFECTADAS PELOS INCÊNDIOS NO DISTRITO DE COIMBRA
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Delegações da DORC do PCP e de Dirigentes Concelhios do PCP, com os deputados na AR, Ana Mesquita e Miguel Tiago, vão realizar um programa de contacto com as populações e reuniões com entidades nas zonas afectadas pelos incêndios no distrito de Coimbra. As visitas e reuniões decorrerão nos dias 21, 22 e 23 de Outubro.
Sábado as delegações visitarão os concelhos de Lousã e Vila Nova de Poiares, no Domingo percorrerão os concelhos de Penacova e Arganil e na Segunda os concelhos de Cantanhede, Tábua e Oliveira do Hospital.
Esta acção do PCP tem como objectivos demonstrar solidariedade às populações e bombeiros e tomar contacto, nos locais, com os danos causados pelos incêndios, de modo a poder fundamentar a sua acção aos diversos níveis.
Programa: |
Sábado, 21 Outubro
Lousã
10h00 – Início na Estação da CP na Lousã;
10h30 – Visita ao Baldio de Vilarinho;
11h30 – Visita a Serpins;
Vila Nova de Poiares
14h30 – Audição no Centro de Convívio Casal do Gago, Vale do Gueiro e Fonte Longa;
17h00 – Associação Desportiva, Recreativa e Cultural de Olho Marinho e Alveite Pequeno;
Domingo, 22 Outubro
Penacova
09h30 Reunião com Bombeiros Voluntários de Penacova;
10h30 Visita e contacto com a população de Friumes, Oliv. Mondego, Travanca do Mondego e S. Pedro de Alva;
Arganil
15h00 – Reunião com Bombeiros Voluntários de Arganil;
16h00 – Visita a Zonas Afectadas;
18h00 – Reunião com Bombeiros Voluntários de Coja;
Segunda-feira, 23 Outubro
Tábua
10h00 – Contacto com a população de Midões;
Cantanhede
O Deputado Miguel Tiago contactará com a população e empresários da Tocha.
Oliveira do Hospital
Tarde – Contacto com a população de Ervedal, Vila Franca da Beira e Meruge. Visita e reuniões com entidades e empresas dos locais afectados.
A DORC do PCP
MONTEMOR-O-VELHO - AUTÁRQUICAS 2017 - NOTA DA COMISSÃO CONCELHIA
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Sobre os resultados das Eleições Autárquicas 2017 no Concelho de Montemor-o-Velho e o quadro político daí resultante
Nota da Comissão Concelhia de Montemor-o-Velho do PCP
1. A Comissão Concelhia de Montemor-o-Velho do PCP saúda a intervenção dos mais de 200 candidatos e activistas da CDU, militantes do PCP e muitos independentes, que desenvolveram uma campanha de contacto directo com as populações, ligando a campanha à resolução dos seus problemas concretos. A campanha, sem os meios financeiros de outras candidaturas, contou sobretudo com a capacidade dos seus candidatos para chegar às pessoas.
2. A CDU não alcançou, no Concelho de Montemor, os objectivos a que se tinha proposto de reforçar a sua expressão eleitoral, com mais votos e mais mandatos, sendo de registar a perda de votos relativamente às eleições de 2013, assim como a perda de três eleitos em Assembleias de Freguesia, um eleito na Assembleia Municipal e a perda do Vereador da Câmara Municipal.
Este resultado é obtido num quadro de forte bipolarização a que não foi certamente alheio o receio de um regresso à gestão e herança ruinosas protagonizadas pelo PSD neste município, acompanhada da convicção, generalizada e enganadora, de que o vereador da CDU “já estaria eleito”.
Neste contexto, acrescido do aparecimento de novas candidaturas em algumas freguesias, a CDU não conseguiu transformar o reconhecimento e a simpatia amplamente sentidos, na expressão correspondente dos votos.
3. Mesmo neste quadro, os resultados confirmam a CDU como terceira força política no Concelho, importante força de esquerda no Poder Local, que continuará a desenvolver, em todos os órgãos onde obteve eleitos, uma intervenção activa, atenta, exigente e construtiva, que contribua para resolver os problemas sentidos pelas populações. Reafirmando a independência de análise e de acção da CDU, reiteramos toda a disponibilidade para trabalhar pela melhoria das nossas terras, não alimentando arranjos artificiais ou de ambição de poder e combatendo todas as tentativas de impor um modelo de poder hegemónico, monocolor e sem controlo democrático que alguns podem entender encorajado pelos resultados eleitorais.
4. Todos os eleitos da CDU exercerão os cargos públicos norteados pela recusa de benefícios pessoais, seguindo o princípio de não serem prejudicados nem beneficiados no exercício dos seus mandatos.
O valor e a importância do trabalho e intervenção dos eleitos da CDU estarão, neste mandato 2017-2021, representados na Assembleia Municipal (Celeste Duarte), na Assembleia de Freguesia da Carapinheira (Paulo Galvão), em Pereira (Daniel Veiga), em Santo Varão (António Coelho), na União de Freguesias de Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca (Daniel Nunes e Nuno Cardo) e, ao fim de mais de duas décadas, na Assembleia de Freguesia de Liceia (Marlene Maricato)
4. A todos os que votaram e se empenharam num bom resultado da CDU, a Comissão Concelhia do PCP dirige um agradecimento fraterno, reafirmando perante toda a população de Montemor-o-Velho, o compromisso de continuar a bater-se pela valorização dos serviços públicos, pela defesa do Poder Local, pela dignificação dos trabalhadores, pela defesa das Micro Pequenas e Médias Empresas e do investimento produtivo neste Concelho, pela transparência nas decisões e na gestão, pelo combate à promiscuidade e compadrio com interesses privados.
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19 de Outubro de 2017
A Comissão Concelhia de Montemor-o-Velho do PCP