HOSPITAL DOS COVÕES GARANTE RESPOSTA A PACIENTES DA MATERNIDADE DANIEL DE MATOS NA UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS
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O Partido Comunista Português tomou conhecimento que durante a última quinzena de Julho de 2019 ocorreram diversas transferências de pacientes puérperas da Maternidade Daniel de Matos para os Cuidados Intensivos do Hospital Geral (Hospital dos Covões), ao contrário da habitual orientação para o pólo HUC.
Após estabilização nos Cuidados Intensivos do Hospital dos Covões dos diferentes quadros clínicos de que padeciam, todas as pacientes regressaram melhoradas à unidade de origem com condições para ter alta clínica.
Estas transferências terão ocorrido durante o período em que a Medicina Intensiva do pólo HUC teve a sua capacidade de resposta reduzida por se encontrar em manutenção. Importa ainda salientar que a equipa de Cuidados Intensivos do Hospital dos Covões não foi reforçada durante estes dias pela equipa de enfermagem da Medicina Intensiva do pólo HUC não reforçou.
Esta situação traz à discussão alguns aspectos fundamentais:
- as Maternidades actualmente em funcionamento não conseguem garantir a prestação de cuidados intensivos a pacientes com diferentes quadros clínicos de risco, pelo que é necessária uma melhor articulação com um Hospital Geral;
- é urgente dotar as actuais Maternidades de equipamento moderno e de recursos humanos que reforcemas equipas de forma a melhorar o serviço até que se conclua a construção da nova Maternidade;
- mais uma vez, e tal como tem feito ao longos dos últimos anos, o Hospital dos Covões provou ter capacidade de prestar cuidados diferenciados a situações de risco como as já referidas;
- nesta situação, como noutras, o Hospital dos Covões permitiu descongestionar serviços do pólo HUC e garantir uma melhor assistência às populações.
Concluindo, é essencial reverter o processo de fusão, concentração e subdimensionamento das unidades que integram o CHUC; revitalizar o Hospital dos Covões e impedir o desmantelamento de serviços em curso; avançar de forma célere com o processo de instalação da nova Maternidade no Hospital Geral dos Covões de modo a garantir a prestação de cuidados de qualidade;
Por último, o PCP sublinha a necessidade de esclarecimento por parte da tutela desta situação em particular e a importância de dar seguimento ao compromisso assumido a 25 de Junho de 2019 pela Sra. Ministra da Saúde de promover um estudo sobre a localização da nova maternidade no Hospital dos Covões, em alternativa à localização em Celas (no perímetro do pólo HUC) por forma a
permitir a comparação entre as duas soluções.
O Organismo de Direcção de Coimbra da Administração Pública Central
NOTA DA DORC DO PCP SOBRE O FALECIMENTO DE MANUEL LOUZÃ HENRIQUES
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Foi com profundo pesar que a DORC do PCP tomou conhecimento do falecimento de Manuel Louzã Henriques. A DORC do PCP endereça as mais sentidas condolências à família deste abnegado resistente antifascista e militante comunista.
Manuel Louzã Henriques nasceu a 06 de Setembro de 1933 na aldeia do Coentral, concelho de Castanheira de Pêra, Serra da Lousã. Em meados da década de quarenta vai viver para a Cidade de Coimbra onde frequenta o Liceu D. João III. Entra na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra em 1954. Conclui o curso de Medicina em 1959 e a especialidade de Psiquiatria em 1961.
Foi membro activo do MUD juvenil e em 58 filia-se no PCP.
Activista estudantil, com papel em diversas lutas estudantis, nomeadamente a luta da Academia em torno do "decreto 40.900." Foi vice-presidente do TEUC.Integrou a comissão de apoio da candidatura de Arlindo Vicente e, nessa qualidade integrou o apoio à candidatura de Humberto Delgado.
Preso pela PIDE de 1962 a 1965, esteve no Aljube, em Caxias e Peniche, retomando a ligação ao trabalho do Partido depois de sair da prisão. Desempenhou tarefas na clandestinidade na organização do Partido e no trabalho de construção de unidade na reistência anti-fascista. Foi Candidato da Oposição democrática em 1962, à Assembleia Constituinte após o 25 de Abril e por diversas vezes candidato da APU e CDU em vários actos eleitorais.
Dedicou à cultura popular (rural e urbana) grande parte da sua vida. Ainda estudante integrou a TAUC e formações musicais estudantis na qualidade executante de guitarra de Coimbra. Tocava concertina com especial desenvoltura, cultivando um gosto especial pela música dos concertineiros da Serra da Lousã. Participou em encontros de cultura popular oral, deu apoio ao Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC) e à Brigada Victor Jara, foi palestrante nos primeiros «seminários de fado de Coimbra» (1978 e ss.) cuja evolução acompanhou de perto.
Influenciado pelos trabalhos etnográficos de Ernesto de Veiga de Oliveira, Benjamim Pereira, Jorge Dias e Michel Giacometti, iniciou na década de 1960 a actividade de coleccionador de instrumentos musicais populares e de alfaias agrícolas numa atitude de questionamento do discurso oficial da ditadura fascista acerca da "felicidade do povo".
Os artefactos rurais da colecção foram cedidos à Câmara Municipal da Lousã e incorporados no Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques. Os instrumentos musicais, recolhidos em Portugal e no estrangeiro, estiveram expostos, entre 2004 e 2013, no edifício do antigo posto de turismo, no largo da Portagem e no Pavilhão Central da Festa do Avante! e na edição de 2017 da Festa.
Para além da colecção de instrumentos musicais, Louzã Henriques possuía um importante espólio de máquinas de escrever, instrumentos médicos, máquinas de reprodução sonora (expostas em 2014 no Museu Nacional Machado de Castro), acompanhando a exposição regular dos objectos de palestras de muito relevante valor cultural.
Com profundo pesar a DORC do PCP reafirma a importância do exemplo de Manuel Louzã Henriques, na luta em defesa da Cultura enquanto direito, na luta contra o fascismo, na luta pelas conquistas e valores de Abril no futuro de Portugal, na Luta pela construção de uma sociedade nova, sem exploradores, nem explorados.
Como disse o próprio Manuel Louzã Henriques "Há limites para o conhecimento, mas não há limites para os dedos que apontam as estrelas."
A DORC do PCP
CDU divulga os quatro primeiros candidatos pelo círculo eleitoral de Coimbra
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Dirigente Sindical do CENA -STE
É membro fundador da Associação Portuguesa de Cenografia e Bolseira de Pós-Doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e investigadora do Grupo de Estudos de Dança do centro de investigação INET-md.
Membro do Manifesto em Defesa da Cultura.
Membro da DORC do PCP e do Sector Intelectual de Coimbra do PCP.
3º - Vasco Nogueira, 37 anos.
Médico Psiquiatra, Assistente Hospitalar no Hospital Distrital da Figueira da Foz, Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
Dirigente do Sindicato dos Médicos da Zona Centro
Coordenador do Gabinete de Apoio ao Médico da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos
Coordenador Geral do GEFAC (Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra)
Signatário da Carta Aberta dos Profissionais de Saúde por uma Nova Maternidade no Hospital dos Covões
Membro do Manifesto em Defesa da Cultura.
Membro da DORC do PCP e do Sector da Administração Pública de Coimbra do PCP.
4º - Paulo Coelho, 47 anos.