Imprimir
 
201502_solucoes_pais_pcp_cartaz_mupi.jpg
 
O Organismo de empresas de Cantanhede do PCP emitiu, no início do mês de Fevereiro, um boletim onde denunciava as operações de manipulação dos trabalhadores para impor o Banco de Horas na MAHLE e a vigilância abusiva sobre os trabalhadores desta empresa metalúrgica de Cantanhede.

Na sequência desta denúncia e de uma pergunta do Grupo Parlamentar do PCP sobre as câmaras de vigilância – a administração mandou retirar câmaras e reorientar outras. Isto constituiu uma vitória dos trabalhadores e demonstra que é possível derrotar as pretensões do patronato. Com persistência e união, os trabalhadores podem alcançar outras vitórias.

As câmaras estavam instaladas na nave fabril, na portaria, nas extremidades do edifício, no espaço onde foram concentradas as máquinas de comidas, bebidas e café, abrangendo igualmente os acessos às casas de banho. A pergunta do PCP na AR questionava o Governo para saber se tinha conhecimento destas práticas e que medidas pensava adoptar para acabar com estas práticas e como iria responsabilizar a Direcção e Administração da empresa por tais factos.

Prossegue, no entanto, o Banco de Horas, que substituiu o descanso compensatório, implantado na empresa. O Banco de Horas foi adoptado sob chantagem em 2012, supostamente por dois anos, com validade até Setembro de 2014. A administração recorreu à manipulação dos trabalhadores para impor este Banco de Horas. Isso trouxe como consequência o fim do pagamento de horas extraordinárias. Em Dezembro passado pagaram uma parte do Banco de Horas, ficando a dever 80 horas. Continua o trabalho temporário à semana, à quinzena ao mês, através da ADECO, ocupando postos de trabalho permanentes que deveriam corresponder a contratos de trabalho efectivos.

O PCP reprova as medidas repressivas exercidas contra os trabalhadores, exige o pagamento todas as horas extraordinárias e a intervenção da Autoridade das Condições de Trabalho (ACT) para que sejam salvaguardados os direitos dos trabalhadores. É possível avançar e vencer, com determinação e luta dos trabalhadores.