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No jantar-comício que encheu o Pavilhão da Juventude Desportiva Recreativa de Arzila no concelho de Coimbra, Jerónimo de Sousa afirmou que "as eleições legislativas que terão lugar em 2015, constituem um momento importante para, continuando a dar expressão à luta contra o actual Governo e a sua política, abrir caminho à construção de uma alternativa política patriótica e de esquerda capaz de responder aos grandes problemas e desafios nacionais".

"Este é um ano de fortes preocupações para os portugueses, este é também um ano que queremos e vamos trabalhar para que seja um ano de esperança num futuro e numa vida melhor, um ano de mudança e de ruptura com um governo e uma política que tem arruinado o País. Sabemos que são grandes os desafios que precisamos de enfrentar e vencer, mas nós confiamos que, com a luta dos trabalhadores e do nosso Partido – essa luta que se intensifica neste início do ano -, mas também com o voto, vamos ser capazes de inverter o rumo de declínio e desastre nacional que está em curso. Que vamos ser capazes de mostrar, com o nosso empenhamento no esclarecimento e no debate mostrar as verdadeiras da causa da crise, os seus responsáveis pelo seu surgimento e os caminhos para a superar", sublinhou o Secretário-Geral.

 

João Pinto Ângelo falou em nome da JCP dos problemas da juventude no distrito e Fátima Pinhão, da DORC do PCP, denunciou "Toda a propaganda governamental quer convencer-nos de que estamos no bom caminho, que o pior já passou. A Situação no distrito desmente propaganda governamental. O Desemprego cresce. A desprotecção social cresce. A precariedade cresce. Empobrece-se a trabalhar. Aumenta a pobreza e a emigração. Aumentam os fenómenos de exclusão social.

O plano que PSD e CDS, mas também o PS, os Serviços Públicos e para as funções sociais do Estado – é Degradar, Reduzir os recursos humanos, Encerrar. Começando sempre por atacar os profissionais, atacando os seus postos de trabalho, os seus direitos, a sua dignidade, potenciando o trabalho precário e desestruturando as suas carreiras. Foi assim na fusão dos hospitais de Coimbra, que está a degradar a qualidade de prestação dos serviços de sáude. Foi assim no desmantelando de unidades de saúde importantíssimas como o Hospital dos covões, encerrando valências, diminuindo a capacidade de resposta.

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É assim na tentativa de privatizar o Hospital de Cantanhede, ao mesmo tempo que PSD e CDS afirmam que não que não se trata de privatizar o hospital, mas de ceder da sua gestão a privados. O PCP junto com as populações tem afirmando que será mais um passo na degradação do SNS. Convém lembrar que também o PS, ainda com Correia de Campos, encerrou as urgências deste hospital e tinha como plano a passagem da gestão para a Câmara Municipal. Ou seja, todos os partidos da política de direita defendem a mesma coisa, a retirada desta unidade de saúde do âmbito do Serviço Nacional de Saúde. Uns para a misericórdia, outro para a Câmara. O governo PSD/CDS, através de portaria excluiu, à socapa, o Hospital de Cantanhede da relação da rede dos hospitais públicos nacionais, deixando claro o desejo de privatizá-lo. Entretanto Estado investiu nas instalações do hospital, de uma só vez, cerca de 3,7 milhões de euros de modo a preparar os lucros privados.

Recentemente pudemos constatar, aquilo que há muito vínhamos denunciando - Os efeitos da redução de escolas e da criação de mega-agrupamentos na degradação da escola pública. Numa reunião no final do ano passado com Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, o Partido pode constatar que a criação, pelo Governo, do mega-agrupamento em Oliveira do Hospital cortou, de forma cega, verbas do orçamento escolar do concelho de 50000€/mês para 25000€. Reduziu meios nomeadamente no acompanhamento de Alunos com necessidades educativas especiais, com menos professores e psicólogos. Teve consequências negativas na comunidade escolar, não teve em conta as características do concelho – extenso, disperso, rural. Este é um exemplo do que ocorreu na maioria dos concelhos do distrito.

O ataque à segurança social teve também efeitos no distrito. Mais uma vez começam o ataque pelos trabalhadores. O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social,diz que não se trata de um "despedimento colectivo" no Instituto da Segurança Social, diz que se trata de uma colocação num regime de requalificação. Regime que prevê a colocação de funcionários públicos em inactividade, a receberem 60% do salário no primeiro ano e 40% nos restantes anos.

No distrito também se sentiu o efeito do ataque gestão pública da água. Com a aplicação de uma lei que permite ao Governo impôr em todo o País tarifários para o nível já praticado por algumas empresas privadas , para "engordar" os negócios da água, obrigando as Autarquias que não privatizaram a impôr aos munícipes a factura dos negócios alheios. Com efeitos perversos em Juntas de Freguesia que gerem sistemas de abastecimento de água próprios, como as de Carapinha e Meda e Mouros, em Tábua. Sistemas, construidos pelo povo, que quiseram transferir para a empresa Àguas do Planalto e que, perante a luta das populações, mantiveram a gestão nas freguesias querendo obriga-las a cobrar o mesmo preço da empresa privada, que já demonstrou ser contrária aos interesses da população. Praticando preços exorbitantes e fornecendo um mau serviço.

 

Temos que reafirmar que está nas mãos dos trabalhadores e do povo a possibilidade de derrotar esta política de desastre imposta por PS, PSD e CDS. Sim, é possível libertar Portugal da dependência e da submissão, recuperar para o País o que é do País, devolver aos trabalhadores e ao povo os seus direitos, salários e rendimentos."


Também nos transportes a política é de desmantelar, degradar para privatizar. São muitos os exemplos: as tentativas de encerramento das Linha do Oeste. Os Escandalosos desmantelamento do ramal da pampilhosa-figueira da Foz e da Lousã. O Ministro Poiares Maduro veio anunciar que o governo desistiu do Projecto Metro, mas nada disse sobre o que é urgente fazer – aquilo que o PCP desde o início do processo defende - Modernizar e electrificar a linha do Ramal da Lousã e melhorar os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra, devolvendo o património ao domínio público ferroviário e ao domínio público municipal. Depois de todos estes anos, e de tantas afrontas às populações é o cúmulo do desrespeito vir ao distrito e não dar garantias de reposição do esbulho às populações.